quinta-feira, 12 de junho de 2014

Transporte nas plantas (4)

Absorção Radicular

A maior parte da água e dos iões necessários para as várias atividades da planta é absorvida pelo sistema radicular.
Normalmente, o meio intracelular das células da raiz é hipertónico relativamente ao exterior, pelo que a água tende a entrar na planta por osmose. A manutenção deste gradiente osmótico, desde as células mais periféricas da raiz até ao xilema, provoca a passagem da água por osmose para os seus vasos. Os iões minerais, quando presentes no solo em concentrações elevadas, entram nas células da raiz por difusão simples; no entanto, como ja foi referido, é usual verificar-se uma elevada concentração destes iões no meio intracelular. Neste caso, os iões entram por transporte ativo, com consequente gasto de energia . O transporte ativo de iões através das células da periferia da raiz até ao xilema cria um gradiente osmótico, que faz com que a água tenda a passar por osmose até ao xilema.


http://gracieteoliveira.pbworks.com/w/page/50081554/Sistemas%20de%20transporte%20plantas

Hipótese da Pressão Radicular

A ascensão de água no xilema pode ser explicada pela existência de uma pressão exercida no xilema ao nível da raiz - pressão radicular. A entrada de sais nas células da raiz, por transporte ativo, conduz a um aumento da sua concentração no meio intracelular. Este aumento provoca o movimento de água para o interior das células, gerando-se uma pressão que força a água a subir nos vasos xilémicos.


http://biotic.no.sapo.pt/u1s1t2.html

Evidências:

  • Gutação

http://gracieteoliveira.pbworks.com/w/page/38317630/Hipotese%20da%20Press%C3%A3o%20Radicular


  • Exsudação 

Limitações : 
  • A pressão radicular não é suficiente para a subida da água em algumas plantas de grande porte;
  • Existem árvores que não apresentam pressão radicular ( por exemplo : algumas gimnospérmicas );
  • O movimento da seiva por este mecanismo é muito lento, não explicando a velocidade do fluxo de água no xilema durante o dia;
  • As plantas das zonas temperadas não apresentam exsudação nos planos de corte, efetuando-se até, por vezes, absorção de água;
  • Verifica-se a subida de água em plantas em que é cortada a raiz.

Hipótese da Tensão-Coesão-Adesão


Síntese:
  • Cria-se uma tensão ( défice de água ) nas células do mesófilo devido á transpiração;
  • Devido á saíde de água, as células do mesófilo foliar ficam hipertónicas, aumentando a pressão osmótica;
  • A água movimenta-se do xilema para o mesófilo;
  • Forma-se uma coluna ascendente de água no xilema devido á polaridade das moléculas de água- Coesão. O movimento e ascensão de água é reforçado pela elevada capacidade de adesão das moléculas de água, outras substâncias e ás paredes dos vasos xilémicos;
  • A ascensão de água cria um défice de água no xilema da raiz, o que leva á absorção da água através da epiderme radicular.
Este sistema só funciona corretamente quando existe uma continuidade na coluna de água. Quando isto não acontece, por interposição de bolhas de ar, ou quando ocorre um arrefecimento intenso da água, a ascensão deixa de se verificar, só podendo ser reposta devido á pressão radicular. Em alguns casos, a pressão radicular não é suficiente para repor a continuidade da coluna de água e o vaso xilémico em questão deixa mesmo de funcionar.

Floema 

Constituição da seiva elaborada / floémica :
  • 10 % a 20 % de açucar , ( normalmente a sacarose )
  • Aminoácidos, iões inorgânicos, hormonas.
Como foi possível conhecer os movimentos da seiva floémica:
  • Utilizando amostras e marcadores radioativos foi possível observar que a seiva floémica se desloca a velocidades de 50 a 100 cm por hora.
  • Uma deslocação rápida.
Hipótese do fluxo de massa ou fluxo sob pressão 

Local de Produção- órgão fotossintético
Local de Utilização- órgão consumidor ou de armazenamento.

Descrição:
  • Os glícidos produzidos nas folhas durante a fotossíntese são convertidos em sacarose antes de entrarem para o floema, para serem transportados aos locais onde são armazenados ou gastos, tais como as flores, os frutos, as sementes, os caules ou as raízes.
  • A passagem da sacarose das células das folhas para as células de companhia do floema ocorre por transporte ativo. Seguidamente, a sacarose passa destas células para as células de tubos crivosos através das ligações citoplasmáticas estabelecidas entre elas.
  • O aumento da concentração de sacarose nas células de tubos crivosos provoca um aumento da pressão osmótica, o que leva á entrada de água, vinda do xilema, nestas células, que ficam túrgidas. A pressão de turgescência obriga a solução de sacarose a deslocar-se através da placa crivosa para a célula do tubo seguinte e assim sucessivamente.
  • Nas regiões de consumo / armazenamento, a sacarose é retirada do interior do floema por transporte ativo, provocando a saída de água para as células vizinhas.

Limitações :
  • Não explicava o transporte do açúcar do tecido clorofilino para o floema contra o gradiente de concentração.
Bibliografia:
  • Manual de Biologia do 10ºano
  • Google 

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